sábado, 3 de novembro de 2012

A EDUCAÇÃO BÁSICA NO BRASIL

A EDUCAÇÃO BÁSICA NO BRASIL Por: Edimilson Lobato da Silva Turma de letras PTP - Acará. A Educação Básica no Brasil, desde a Promulgação da Constituição de 1988 e, com mais evidência, nos últimos anos, vem sofrendo grandes mudanças, de um modo geral. Analisá-la, implica considerar determinados pontos preliminares, como: O pacto federativo, a desigualdade social, as ligações internacionais e a própria noção de educação básica, a fim de contextualizar as políticas de avaliação, focalização, descentralização, desregulamentação e financiamento. Tais alterações evidenciam uma forte focalização no ensino fundamental na idade legal apropriada, incluindo todas as séries iniciais, hoje com a iniciação no 1º ano e indo até o 9º, o mesmo não acontecendo com as outras etapas tão importantes quanto o ensino fundamental. A educação básica (ou ensino básico) é a designação dada ao nível de ensino correspondente aos primeiros anos de educação formal. Esta denominação corresponde, consoante o sistema educativo que o ministra, a um conjunto específico de anos de escolaridade, correspondendo, na generalidade dos casos, aos primeiros 4 a 9 anos de escolaridade. De acordo com a Classificação Internacional Normalizada da Educação (International Standard Classification of Education, ISCED), a educação básica inclui: a educação primária, o primeiro estágio da educação básica, correspondente à aprendizagem básica da leitura, da escrita e das operações matemáticas simples; e o ensino secundário inferior, o segundo estágio do processo de escolarização, correspondente à consolidação da leitura e da escrita e às aprendizagens básicas na área da língua materna, história e compreensão do meio social e natural envolvente. Alguns sistemas educativos, em particular os de países em desenvolvimento, incluem na educação básica a educação pré-escolar e os programas de ensino de segunda oportunidade destinados à alfabetização de adultos. Num contexto mais genérico, educação básica designa o conjunto de atividades educativas, formais, não formais e informais, destinadas a satisfazer as necessidades básicas de aprendizagem, em geral, correspondentes aos primeiros estágios do processo de alfabetização. A oferta da educação básica universal é considerada como uma das principais prioridades para iniciar o processo de mudança social e de desenvolvimento sustentado dos países em vias de desenvolvimento, sendo por isso o objetivo do programa Educação para Todos (Education For All) patrocinado pela UNESCO. Múltiplos estudos provam que a expansão da educação básica se repercute diretamente na melhoria dos padrões de saúde pública, na demografia e na economia. Outros benefícios da escolarização, embora mais difíceis de medir, mais que consequetemente devem ser levados em conta são a melhoria da governabilidade e da estabilidade política, resultando em geral, mas nem sempre, na criação de condições propícias ao desenvolvimento de democracias representativas e na melhoria acentuada do respeito pelos direitos humanos, visando assim, o bem estar de todos. Como podemos observar o conjunto de normas e regras que visam a dar sustentação a todas as estratégias de governo e de deliberação de verbas e recursos para os mais variados tipos e modelos de educação no nosso país, é denominada de LDB (LEI DE DIRETRIZES E BASES DA EDUCAÇÃO), a qual por sua vez tem gerido enormes benefícios para a população, dentro dos padrões exigidos pelos órgãos mundiais, no que tange a educação. Vale ressaltar, que discussões como esta que a professora Maria das Graças Rocha, ministrante da disciplina LDB, trouxe para dentro da sala de aula, sendo debatida em forma de seminários, fóruns e discussões em grupos de alunos, visam a dar mais sustentação e estabilidade para o futuro professor, enquanto facilitador de conhecimentos, uma vez que este deve estar a par de tudo o que se refere à problemática educacional em nosso país, em nosso estado e consequentemente em nosso município, chegando até as nossas comunidades interioranas, de modo a abranger o campo educacional de uma forma a proporcionar uma visão da realidade a que o professor está inserido. Como todas as leis que são baixadas em nosso país deixam brechas para que problemas sejam ocorridos, com a nossa LDB não seria diferente, uma vez que em uma plenária suscitada pela já referida professora, onde o tema principal era o TÍTULO II, que diz respeito: “Dos Princípios e Fins da Educação Nacional”, observamos que o artigo 2º frisa o seguinte: “A educação, dever da família e do Estado, inspirada nos princípios e nos ideais de solidariedade humana, tem por finalidade o pleno desenvolvimento do educando, seu preparo para o exercício da cidadania e sua qualificação para o trabalho”, com isto, podemos ver que a LDB se insere muito bem no que tange ao compromisso do governo com a formação profissional do cidadão, porém também frisa que a educação é dever da família, logo podemos deduzir que o aluno jamais deverá esperar que deveras o governo lhe dê capacitação, mas que o mesmo deve correr atrás de seus ideais e conseguir sua parcela no mercado de trabalho. Já o artigo 3º e o inciso l, fomentam a “igualdade de condições para acesso e permanência na escola”, daí observa-se que estamos em pé de igualdade uns com os outros, não somos mais ou menos inteligentes que os outros, temos que dar conta de que, com esforços tudo se consegue no que diz respeito a qualificação profissional, levando em consideração a “valorização da experiência extra-escolar”. Continuando nossas plenárias, orientados calorosamente pela experiente professora Maria das Graças, passamos pelo TÍTULO III da LDB, onde o foco da discussão foi “Do Direito à Educação e do Dever de Educar”, no inciso lll, vimos a preocupação do Estado com relação ao “atendimento educacional especializado gratuito as educandos com necessidades especiais, preferencialmente na rede regular de ensino”, este tema abordado, foi bastante discutido com os grupos e foram observadas as falhas a que se submete a nossa LDB, ainda foram levantadas questões dos problemas que existem em nosso município com relação a problemática da inclusão de alunos com deficiência, bem como também foram discutidas as questões sobre o bolsa família, que é um programa de incentivo do governo federal às famílias, visando com isso levar maior número de alunos às salas de aulas, através da várias modalidades de ensino como: mova, some, eja, dentre outras. No debate concernente ao TÍTULO IV, que diz respeito “Da Organização da Educação Nacional”, foram levantadas questões discursivas sobre como está organizada a educação em nosso país, visto que, como futuros professores, é de suma importância, nos atentarmos para assuntos como estes, uma vez que, nos depararemos com situações das mais complexas e temos de estar preparados para resolvê-las da melhor forma possível. Ainda foram plausíveis de um bom debate, questões como das faculdades clandestinas, que foram responsáveis por um grande número de pessoas prejudicadas em sua formação, acarretando assim, grandes problemas e prejuízos para nossa comunidade, está discussão foi de suma importância, pois, foi bastante esclarecedora para muitos e, servirá como orientação para aqueles que querem seguir em uma pós-graduação, mestrado etc. Outro assunto bastante polêmico discutido pelos bravos alunos da turma de letras de Acará, foi o TITULO VI da LDB, no que se refere aos “Profissionais da Educação”. Afinal, quem é Profissional em Educação? Esta foi a grande pergunta do dia, de um lado o representante de SINTEP local, nosso companheiro de luta Raimundo Zaire, de outro lado os estudantes de letras querendo saber. Vamos pelo que diz a lei, Art. 61 – “Consideram-se profissionais da educação escolar básica os que nela estando em efetivo exercício e tendo sido formados em cursos reconhecidos” são: (Redação dada pela Lei nº 12.014, de 2009). I – professores habilitados em nível médio ou superior para a docência na educação infantil e nos ensinos fundamental e médio; II – trabalhadores em educação portadores de diplomas de pedagogia, com habilitação em administração, planejamento, supervisão, inspeção e orientação educacional, bem como com títulos de mestrado ou doutorado nas mesmas áreas; III – trabalhadores em educação, portadores de diploma de curso técnico ou superior em área pedagógica ou afim. Com esses conceitos, ficou determinado quem realmente são os verdadeiros profissionais em educação, findando assim, nossa discussão acerca do assunto, uma vez que muitos pensavam que todos os membros de uma determinada escola como: serventes, porteiros, merendeiros, zeladores, vigias etc, seriam profissionais em educação, ( isto não quer dizer que não fazem parte do contexto) pondo fim definitivamente a este assunto, para o bem de todos. Por fim, outro assunto em discussão que gerou uma grande polêmica foi concernente ao TÍTULO VII da LDB “Dos Recursos financeiros”, onde a professora colocou a turma em duas grandes abas de discussão, de um lado os que eram a favor e de outro os que eram contra a aplicação dos recursos. Em forma de um júri simulado, foram contratados para defender o “réu” (o governo), os advogados de defesa Edimilson Lobato e o seu assessor José Alberto, para a acusação foi escolhido o advogado Valdenilson Modesto. Ambos travaram uma verdadeira batalha dentro do campo da LDB, que passeio maravilhoso e que metodologia usada pela professora, os advogados (alunos de letras) tiveram vinte minutos para fazer suas explanações, onde os dois primeiros deram um verdadeiro show de conhecimentos e mostraram que a educação não está tão mal como se pensa e que os recursos estão vindo e sendo aplicados, basta a boa vontade do poder executivo municipal, por outro lado com números desatualizados o aluno Valdenilson tentava mostrar que a educação ainda é aquele caos de 50 anos atrás. Em suma, após as colocações e seus devidos argumentos, foi aberta a discussão para a turma, que fez questão de participar, sempre coma orientação de belíssima professora Maria da Graças, tirando nossas dúvidas e fazendo suas colocações à luz da LDB, onde fechamos com chave de ouro nossa disciplina e culminando assim com esta dissertação.

sexta-feira, 2 de novembro de 2012

A ALMA É IMORTAL

Caros Leitores, depois de anos de pesquisas, cheguei ao cume deste trabalho, que contou com a ajuda de várias pessoas e, hoje estou postando o mesmo em nosso blog, é um trabalho de pesquisa e de informações acumuladas ao longo de vários dias, que quero compartilhar com vocês. Também agradeço aos amigos adventistas, em especial aos amigos da Esperança.com.br, ou bíblia.com.br(acesse por favor) que me ajudaram a desvendar alguns enígmas que até hoje são imperceptíveis ao ser humano, que não possui este olhar mais apurado e mais crítico com relação à Bíblia. O trabalho a seguir é um momento de reflexão que todos devemos ter com relação aos acontecimentos que hoje aí estão, desafiando a natureza de DEUS e dos homens, é um convite à reflexão diária.Leia e se delicie com tamanha obra de pesquisa. Boa viagem...bons estudos...do amigo (professor Edimilson Lobato-MIRITUBA) A ALMA É IMORTAL De acordo com a Bíblia, a “alma” só existe enquanto o ser humano está vivo. Isso mesmo: “alma” não é uma entidade consciente que pode ser separada do corpo, mas o próprio corpo vivo. Para entendermos o conceito de “alma”, não deveríamos recorrer à filosofia grega[1], mas à origem de vida como foi descrita por Deus em Gênesis 2:7: “Então formou o Senhor Deus ao homem do pó da terra, e lhe soprou nas narinas o fôlego de vida, e o homem passou a ser alma vivente.” Perceba que Deus reuniu duas coisas: pó da terra e fôlego de vida (que vem de Deus). Com Seu poder cria¬dor, ordenou que da mistura dessas duas coisas aparecesse o homem vivo, uma alma vivente. Gênesis 2:7 não diz que o ser humano tem, mas que ele é uma alma. Homem vivo e alma vivente é a mesma coisa. Quando o pó da terra e o fôlego de vida se separam, desaparece a “alma” – a pessoa que era viva passa a se decompor. Em Eclesiastes 3:19 e 20 lemos que, na morte, tanto os seres humanos quanto os animais vão para o mesmo lugar, indicando que ninguém, na atualidade, antes do juízo final (Apocalipse 20) vai para “um lugar intermediário”, “Céu” ou inferno: “Porque o que sucede aos filhos dos homens, sucede aos animais; o mesmo lhes sucede. Como morre um, assim morre o outro, todos têm o mesmo fôlego de vida, e nenhuma vantagem tem o homem sobre os animais; todos vão para o mesmo lugar; todos procedem do pó, e ao pó tornarão.” No Novo Testamento, Jesus Cristo comparou a morte ao sono, indicando assim que os queridos que estão na sepultura estão dormindo: “Isto dizia, e depois lhes acrescentou: Nosso amigo Lázaro adormeceu, mas vou para despertá-lo. Disseram-lhe, pois, os discípulos: Senhor, se dorme, estará salvo. Jesus, porém, falara com respeito à morte de Lázaro; mas eles supunham que tivesse falado do repouso do sono. Então Jesus lhes disse claramente: Lázaro morreu.” João 11:11-14. No sono, a pessoa perde a noção do tempo e da existência e não sabe nada do que acontece ao seu redor. O mesmo ocorre na morte, segundo a Bíblia: “Porque os vivos sabem que hão de morrer, mas os mortos não sabem de coisa nenhuma… Amor, ódio e inveja para eles já pereceram; para sempre não têm eles parte em coisa alguma do que se faz debaixo do sol… no além para onde tu vais, não há obra, em projetos, nem conhecimento, nem sabedoria alguma.” Eclesiastes 9:5, 6 e 10. Há esperança! Mesmo não havendo consciência depois da morte, ela não é o fim de tudo! A Bíblia ensina que na volta gloriosa de Jesus (1 Coríntios 15:23; Apocalipse 1:7) Ele irá ressuscitar os mortos (1 Tessalonicenses 4:13-18) e trazê-los à vida novamente. Essa é a doutrina da ressurreição, a solução de Deus para a morte: “Os vossos mortos e também o meu cadáver viverão e ressuscitarão; despertai e exultai, os que habitais no pó, porque o teu orvalho, ó Deus, será como o orvalho de vida, e a terra dará à luz os seus mortos.” Isaías 26:19. “Eu, porém, na justiça contemplarei a tua face; quando acordar, eu me satisfarei com a tua semelhança.” Salmo 17:15. Eis que vos digo um mistério: nem todos dormiremos, mas transformados seremos todos, num momento, num abrir e fechar de olhos, ao ressoar da última trombeta. A trombeta soará, os mortos ressuscitarão incorruptíveis, e nós seremos transformados. Porque é necessário que este corpo corruptível se revista da incorruptibilidade, e que o corpo mortal se revista da imortalidade. E, quando este corpo corruptível se revestir de incorruptibilidade, e o que é mortal se revestir de imortalidade, então, se cumprirá a palavra que está escrita: Tragada foi a morte pela vitória. Onde está, ó morte, a tua vitória? Onde está, ó morte, o teu aguilhão? 1 Coríntios 15:51-55. Apegue-se a essa promessa e, se um dia perdeu um ente querido, conforte-se com a doutrina da volta de Jesus e da ressurreição dos mortos, como orienta 1 Tessalonicenses 4:18: “Consolai-vos, pois, uns aos outros com estas palavras.” Considerações finais A morte é um sono, um estado de inconsciência total até a volta de Jesus. Quando o homem morre, diz Jó 14:21: “Os seus filhos recebem honras, e ele o não sabe; são humilhados, e ele o não percebe.” Não existem “almas” vagando por aí[2], em algum lugar do espaço. Quando o homem morre, a alma morre, pois o homem e alma são a mesma coisa. O corpo vai para a sepultura e aí fica aguardando, em inconsciência total, a ressurreição, quando for chamado por Deus. É bom que seja assim, pois quando o homem ressuscitar, ao chamado de Deus, não saberá quanto tempo ficou na sepultura e terá a impressão de que acabou de morrer e já está vendo o Senhor Jesus Cristo. E, no entanto, pode ter ficado na sepultura um dia, um ano, um século ou milênios. A idéia de que a alma não morre é ensino de Satanás e foi a primeira mentira pregada pelo diabo: “Então a serpente disse à mulher: É certo que não morrereis.” Gênesis 3:4. A verdade é aquela que Deus disse, em Gênesis 2:17: “No dia em que dela comeres, certamente morrerás.” Jesus disse que o diabo é mentiro¬so e Pai da mentira (João 8:44). A mentira do diabo é a base do espiritismo e de todo ensino que diz que a alma é imortal sem primeiro a pessoa ser ressuscitada! Se um dia perdeu um ente querido, apegue-se à promessa de Deus e conforte-se com a doutrina da volta de Jesus e da ressurreição dos mortos, como orienta 1 Tessalonicenses 4:18: “Consolai-vos, pois, uns aos outros com estas palavras.” ________________________________________ [1] A crença popular de que a “alma” sai do corpo quando o homem morre e vai para o céu, purgatório ou inferno não tem o apoio da Bíblia. É uma idéia pagã, trazida do Egito e da Babilônia, e introduzida no Ocidente por Platão, o grande filósofo grego. [2] As que “parecem ser” são demônios personificados, que imitam as pessoas que morreram para iludir os queridos vivos e que estão sensíveis com a perda. Deus condena qualquer prática espírita por isso. Ver Deuteronômio 18:10-14. ESPERANÇA.COM.BR

ANÁLISE DA OBRA "O MANDARIM"

GOVERNO DO ESTADO DO PARÁ UNIVERSIDADE DO ESTADO DO PARÁ CENTRO DE CIÊNCIAS SOCIAIS E EDUCAÇÃO DEPARTAMENTO DE LÍNGUA E LITERATURA VERNÁCULAS CURSO DE LICENCIATURA PLENA EM LÍNGUA PORTUGUESA PLANEJAMENTO TERRITORIAL PARTICIPATIVO – PTP – 6º MÓDULO LITERATURA PORTUGUESA Acará – PA 2012 Edimilson Lobato da Silva; Raimundo Zaire Soares da Cruz; Sérgio de Sousa Lourinho. ANÁLISE DA OBRA “O MANDARIM “ - Este trabalho é um requisito parcial de avaliação da disciplina Literatura Portuguesa, ministrada pela Profª. Rosa Sueli dos Santos do Curso de Licenciatura Plena em Língua Portuguesa da Universidade do Estado do Pará – UEPA. Acará – PA 2012 RESUMO DA OBRA: O Mandarim é um texto à parte no conjunto da obra queirosiana devido ao seu caráter fantasista e cômico, e que, exatamente em decorrência dessa característica, é considerado um texto “menor”, inferior, quando comparado às demais obras do escritor português. O Mandarim foi mais uma obra muito marcante do grande escritor português Eça de Queiroz. A Obra foi publicada pela primeira vez em folhetim, no Diário do Reino, em 1880, o Mandarim leva-nos até um cenário exótico, o oriente, que serve de pano de fundo à história de Teodoro. Teodoro é um simples amanuense do Ministério do Reino que, embora tenha uma vida modesta, não passa grandes privações. Está, no entanto, longe de alcançar os seus sonhos de luxo. Um dia, porém, depara-se com um jogo em que tudo o que tem a fazer é tocar uma simples Campainha para que um riquíssimo Mandarim chinês morra e ele herde toda a sua fortuna. Perseguido e atormentado pelo Diabo, Teodoro faz a campainha tilintar e, depois de um mês de ansiedade e de incredulidade, fica milionário. Mas agora que tem a vida de fausto, ou seja, com que sempre sonhara sente-se, à medida que o tempo passa, cada vez mais desiludido devido à hipocrisia e mediocridade da raça humana. Pior ainda é a visão constante do mandarim Ti-Chin-Fu morto, e da sua família que vive agora na miséria. Roído pelo remorso decide partir para Pequim a fim de procurar a família do falecido e casar-se com uma das senhoras para, assim, legitimar a herança. A viagem, repleta de peripécias que quase lhe custa à vida, revela-se infrutífera, pois não encontra a família do morto. Regressa deprimido, pensativo, perseguido e, como as visões do mandarim morto não desaparecem de sua mente, chega a pedir ao Diabo que lhe devolva a vida, mas este não lhe faz a vontade. Abandona então a sua mansão e instala-se na pensão da D. Augusta, viúva do Marquês. Mas, corroído de escárnio por viver como um pobre, acaba por voltar à vida de rico, embora continue a sentir-se infeliz e vazio por dentro. Quando sente que é chegada há sua hora, ou seja, a sua morte, deixa em testamento, toda a sua fortuna em forma de testamento ao Diabo. Biografia do Autor José Maria Eça de Queiroz foi um importante romancista português do século XIX, nasceu em 25 de novembro de 1845, na cidade portuguesa de Póvoa de Varsin, morreu em Paris no dia 16 de agosto de 1900, é um dos mais importantes escritores lusos. Foi autor, entre outros romances de reconhecida importância, de Os Maias e o O crime do Padre Amaro; este último é considerado o mais importante. Aos 16 anos de idade, foi estudar direito na cidade de Coimbra. Seus primeiros trabalhos como escritor apareceram no Jornal Gazeta de Portugal. Trabalhou como administrador municipal no município de Leiria. Trabalhou também como cônsul de Portugal na Inglaterra. Esta época foi uma das mais produtivas de sua carreira. Eça foi discípulo do escritor francês Gustave Flaubert, de quem recebeu grande influência literária. Eça de Queiroz foi um dos pioneiros da literatura realista portuguesa. Abordou, em suas obras, diversos temas, no entanto, podemos observar algumas características comuns em seus romances, como, por exemplo, abordagem de temas cotidianos, descrição de locais e comportamento de pessoas, pessimismo, ironia e humor. Com relação ao narrador este se apresenta inserido na trama, pois o personagem Teodoro narra as suas próprias aventuras em de se tornar um homem rico. O Mandarim é a primeira obra relativamente extensa do autor, escrita em primeira pessoa. No entanto, essa observação pode reforçar o argumento de que o conto representa um momento de rejeição do modelo naturalista da época, que propunha a narrativa em terceira pessoa, mais adequada à análise objetiva. Quanto às personagens, é magnífica a magistral caracterização das personagens feita nesta obra. O autor manobra, de tal modo, as suas personagens que, chegamos a pensar que elas não passam de meros fantoches manobrados a capricho do seu criador. Como podemos observar o desenrolar de cada um dentro do enredo: Teodoro: Protagonista do romance, bacharel amanuense do reino, ganhava 20.000 réis por mês e vivia numa casa de hóspedes, na Travessa da Conceição, nº 106, em Lisboa. Levava uma vida pacata e monótona. Era magro e corcovado – postura marcada, pelo muito que se vergara perante as lentes da Universidade e dos Diretores da Repartição. A sua ambição reduzia-se a desejos fúteis de bons jantares, em restaurantes caros, de conhecer viscondessas belas etc. Considera-se um "positivo". É um descrente, mas é supersticioso, pois, reza todos os dias a Nossa Senhora das Dores. Enfim, é um representante típico do burguês nacional, medíocre e frustrado de baixos valores morais. D. Augusta: É uma personagem secundária na obra. Dona da casa de hóspedes na Travessa da Conceição, em Lisboa, onde vivia Teodoro. Era viúva do Major Marques. Em dias de missa costumava limpar com clara de ovo a caspa do tenente Couceiro. Já Ti Chin-Fu, o mandarim assassinado por Teodoro, embora não faça nenhuma ação no conto, nenhuma fala, é de importância fundamental na obra, representa a vítima perfeita: é distante do seu algoz (ele não conhece Teodoro, bem como vive em uma cultura antípoda à do bacharel) é imensamente rico e sua morte é extremamente vantajosa para o assassino. Malgrado tudo isso, a sua inocência perante o mau gratuito que sofreu, para o qual não contribuiu em nada, trouxe angústia e desencanto a Teodoro, deixou a vida do ex-bacharel em ruínas. O Diabo: o Diabo veste aqui roupas da época descrita, querendo mostrar que o mal, na verdade, está bastante próximo do homem, até se confunde com ele mesmo. O Diabo é feito à imagem e semelhança do homem. O homem e o Diabo identificam-se, até mesmo para que as sua incitações tenham maior força. A obra mostra que o poder do Diabo só funciona em combinação com o lado negro do homem. Vladimira (generala): mulher do general Camilloff, e amante de Teodoro por um breve período. Alta, magra, delicada, é uma representação de um tema caro ao realismo: o adultério, como forma de revelar ao leitor a hipocrisia e a traição humana. General Camilloff: é representante do Império na China. Durante a ida de Teodoro à China, tornaram-se amigos. A sua lealdade para Teodoro era sincera, e até mesmo Teodoro via nele um homem de bem, embora não pudesse evitar traí-lo com um triângulo amoroso com a esposa do General, Vladimira. Representa aqui mais um falhanço moral de Teodoro ao ir para a China. Sá-Tó: intérprete de Teodoro durante a viagem na China. Quanto à história o narrador desta novela é Teodoro, bacharel e amanuense do Ministério do Reino. Mora em Lisboa, na pensão de D. Augusta, na Travessa da Conceição. Leva uma vida monótona e medíocre de um pobre funcionário público que suspira por uma ventura amorosa, por um bom jantar, num bom hotel, mas que tem pouco dinheiro, Teodoro não acredita no Diabo nem em Deus, mas é supersticioso. Certo dia descobre, na Feira da Ladra, um livro com a lenda do Mandarim, segundo a qual um simples toque de campainha, há certa hora, mataria o Mandarim e faria dele herdeiro dos seus milhões. O Diabo aconselha-o a tocar a campainha. Tocarás a campainha e serás rico. Teodoro influenciado pelo Diabo Toca a campainha. Começa então, uma vida de luxúria e dissipação. As mulheres são o seu fraco, logo é traído por Cândida, que o troca por um Alferes, logo se aborrece, permanecendo em si o sentimento de culpa do Mandarim que assassinara. Teodoro começa um verdadeiro itinerário e realiza viagens pela Europa e Oriente. Depois, decide partir para a China, pensando em compensar a deserdada família do falecido Mandarim, tudo ocorre mal. Tenta em vão fugir dos remorsos. Regressado a Lisboa tem visões com o Mandarim, acaba por pedir ao Diabo que ressuscite o Mandarim e o livre da fortuna, depois de muito penar com visões, remorsos e encargo de consciência Teodoro resolve deixar a sua fortuna ao Diabo, em testamento. Volta à sua vida de aborrecimento e saciedade, considerando finalmente, que "só sabe bem o pão que dia-a-dia ganham as nossas mãos". Quanto à estrutura do texto, esta é o modo como ele é organizado e de que forma é apresentado. O texto apresenta uma narrativa em primeira pessoa, abordando assim, suas personagens, seu enredo, sua trama, seu desenrolar da história, seu tempo, espaço e sua linguagem. A linguagem é formal com um texto narrado em 1ª Pessoa por Teodoro, possibilitando ao leitor fácil entendimento do texto narrado. Já o Tempo da história está relacionada a data de sua publicação que aconteceu em Junho de 1880, mas o texto não deixa claro a época precisa em que se passa, sabe-se somente que é no século XIX, em Portugal, particularmente em Lisboa. A duração da história também não fica clara, fala-se em dias, em meses, em estações. O enredo é linear, de ação lenta, com intensa caracterização do espaço como observamos no inicio do capítulo IV onde o autor cita algumas características de Xangai, “Daí subimos pelo rio Azul Tien-Tsin num pequeno steamer da Companhia Russel. Eu não vinha visitar a China numa curiosidade ociosa de tourieste: toda a paisagem dessa província, que se assemelha à dos vasos de porcelana, de um tom azulado e vaporoso, com colinazinhas calvas e de longe a longe um arbusto bracejante, me deixou sombriamente indiferente”. e o tempo é cronológico. “O espaço” da obra nos leva ao Oriente, que serve de contexto à história de Teodoro, um pacato amanuense do Ministério do Reino. Outra cidade que ele passou foi Pequim, na China, quando ele volta para procurar a família do mandarim que se encontrava desamparada. A cidade que mais aparece na história é Lisboa, em Portugal. “O clímax”, ou seja, o ponto alto da história se concentra em Teodoro, que movido pela tentação aguçada pelo Diabo de tocar a companhia fazendo com que a vida do mandarim termine e ele herde toda sua fortuna. Ação esta, que lhe propicia riquezas e ao mesmo tempo sofrimento pelo fato de o mesmo ter um peso em sua consciência em ver a família do mandarim em difícil situação. Quanto à “verossimilhança”, está associada ao fato de que ainda hoje muitas pessoas agem como Teodoro, movidas pela ambição e ganância de terem tudo do bom e do melhor de maneira fácil, acabam por cederem à tentação de se aproveitarem de certas circunstâncias em favor de melhorarem sua situação em detrimento de outras. Mostrando assim, que o dinheiro não traz paz e nem felicidade, como observamos na obra. Conclusão Podemos concluir que o dinheiro não trouxe alegria e muito menos felicidade a Teodoro, como ele esperava. Pois após fazer o pacto com o Diabo, ele conseguiu o que queria: herdar a fortuna do mandarim. Mas, ficou com peso na consciência por ter matado um inocente e desamparado sua família. Tempos depois, arrependido do que havia feito, sente o remorso e antes de sua morte deixa tudo o que herdara do mandarim para o Diabo, como forma de vingar-se e morrer sem peso na consciência. Referências Bibliográficas Texto proveniente de: A Biblioteca Virtual do Estudante Brasileiro http://www.bibvirt.futuro.usp.br A escola do futuro da Universidade de São Paulo Permitido o uso apenas para fins educacionais. Texto-base digitalizado por: Marciana Maria Muniz Guedes – São Paulo/SP

quinta-feira, 18 de outubro de 2012

A BUSCA INCESSANTE DO SABER E DO RECONHECIMENTO. Olá amigos, estamos aqui de volta, como vocês estão? É com muito prazer que retomo ao discurso da "BUSCA DO SABER CONTINUADO", tomamos a frente de nossas decisões e partimos para a busca de nossos ideais e de nossos sonhos, estamos na era da tecnologia, as TICs estão ai, ao nosso redor, precisamos nos capacitarmos para que o mundo não nos deixe a mercê de suas modernidades e de seus avanços tecnológicos, ou seja, procure ser firme nos seus propósitos, nos seus objetivos, saia dessa cadeia, onde a mesmice prevalece sobre você, busque novas fontes de informações, novas tecnologias, atualize-se, vença por intermédio da busca incessante do saber, afinal você é um professor, você é um facilitador do conhecimento, procure ser claro e objetivo, de modo que as pessoas possam entender você, tenha bons hábitos, crie o prazer pela leitura, faça de seus esforços um prazer do dia-a-dia, trabalhe com fé, segurança, com convicção e, acima de tudo, com todo o suporte que lhe dê o reconhecimento que só você sabe buscar, enfim, sinta-se um jovem que está de coração e mente aberta para o diálogo,busque sempre a perfeição acima de tudo e, num futuro próximo você sentirá o reconhecimento das pessoas, afinal, sempre lutamos por isso e para isso, faça de sua luta um incansável campo de batalha onde o vencedor sempre será você. Seja feliz, pois você é merecedor de tudo o que de melhor há na face da terra, pois você é um filho de DEUS. Bom dia à todos, esta é uma mensagem de otimismo e confiança de seu amigo Edimilson Lobato (MIRITUBA)

sábado, 28 de julho de 2012

ELEIÇÕES A VISTA É HORA DE VOTAR
Olá amigos, É com muito prazer que eu estou de volta, para juntos podermos compartilhar nossas ideias, nossas felicidades, nossas angústias, nossas desilusões e nossas frustrações. Estive sumido, é verdade, estou estudando e me aperfeiçoando ainda mais, para que eu obtenha o poder de passar alguma coisa de importante para você que segue o nosso blogger.Estamos em pleno século XXI, e as pessoas ainda hoje, falam de democracias, de liberdade de expressão, de dinamização dos conceitos sociais, como nos primordes da história, porém, esquecem-se que as coisas não mudam da noite para o dia, e que precisamos de pessoas conscientes e capazes para mudar esta realidade. É assim, que em pleno ano eleitoral adentramos em mundo já conhecido por todos, mas que faz parte de muitas polêmicas por parte de muitos que não se esforçam, sequer para mudar o contexto em que vivem. Não podemos dizer, que fulano de tal votou sem consciência e que ciclano ganhou porque os burros votaram nele, muito pelo contrário, votamos conscientes, porém fomos vencidos pela maioria esmagadora, como acontece todos os anos.Por esse motivo, resolvi compartilhar com vocês essas ideias de mudanças, não pelo apêlo de pedir voto para quem quer que seja, mas com o intuito de pedir apoio para uma mudança radical, ou seja, estrutural, varredura mesmo. Chega de pilantras, chega de assistencialismo, somos cidadãos de bem e exigimos nossos direitos, ou não? Quero dizer-lhes, que votar, não é simplesmente cumprir seu papel de cidadão, mas sim, fazer valer o seu voto, a sua opinião. Não se troque por um punhado de dinheiro, por uma rede, uma dentadura, ou qualquer que seja a troca. Você, além de perder sua autonomia e o seu caráter, estará perdendo o seu poder de cobrança, o seu poder de reivindicar como cidadão. Pense nisso, jamais bata de frente com politicos safados, simplesmente mostre à eles que você está cansado de ser enganado, e que o mundo dá voltas e que agora quem está por cima é você. Seu voto é seu documento de liberdade e com ele você comprará um passo para esta liberdade, esta, que não está fora do alcance de cada um de nós, é só querermos...Pense nisso antes de votar!!! Do Amigo Mirituba.

sábado, 4 de fevereiro de 2012

2012, PROMESSAS OU DESILUSÕES?

Chegamos ao ano de 2012, muitas renovações prometem chegar até nós, teremos mais um ano de eleições, junto com elas estão chegando àqueles que têm o dom de ludibriar-nos com suas palavras, seus atos e suas atitudes. É verdade que sempre falamos que estamos preparados para o que der e vier...mas, não temos um anti-vírus que nos proteja deste bombardeio de informaçõpes muitas das vezes caluniosas que leva nosso cérebro a entrar em xeque.
Temos o mais importante que é nossa liberdade de expressão, temos a arma mais poderosa do mundo que é a nossa fala. Mas, palavras voam com os ventos e desaparecem, por isso tudo é, que além de cobrarmos de nossos governantes, mudanças, ações, atitudes, deveríamos fazê-lo, de forma por escrito para que num futuro pudéssemos ter a certeza de que teríamos feito a coisa certa.
Não se deixe abater, por promessas ou simplesmente por um discurso fantasioso. Pare, analise, exprima sua ideia, dê sua opinião, faça valer o seu potencial, assim, veremos que a transformação acontecerá de forma clara e objetiva, visando sempre o bem estar de todos.
Lembre-se: O homem é avaliado pelo que pensa e pelo que pode contribuir para a melhoria do nosso planeta. Então, pense e dê frutos por intermédio de um pensamento filosófico transformador e gerador de boas causas, para a GRANDE TRANSFORMAÇÃO DAS PESSOAS.Pense Nisso...
Edimilson Lobato (o autor)